quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Dona de casa na Paraiba acredita ser mãe de paraibano adotado por casal francês

 

Kátia Regina diz que deu filho para adoção porque passava por dificuldades.
Nicolas Fortin nasceu em Bayeux em 1990 e hoje mora em Paris

 

Uma dona de casa de Bayeux acredita que é a mãe biológica do paraibano Nicolas Fortin, de 25 anos, que foi adotado por um casal de franceses em setembro de 1990. Kátia Regina procurou a produção da TV Cabo Branco após assistir a reportagem que mostrou a busca de Nicolas pela família biológica paraibana.
Kátia explica que teve o quarto filho em 1990 e que fez a doação porque passava por dificuldades. “Eu tive que vender os móveis de casa. Até a porta da casa eu vendi. Chegou um dia que eu não aguentava mais ver o sofrimento dele chorando atrás de leite. Uma colega minha falou que a patroa dela tinha um casal que morava na França que tava querendo adotar uma criança”, disse.
Segundo Kátia, o bebê foi entregue a uma advogada, que ficou responsável por entregar o menino aos pais adotivos. A história bate com a versão dos pais de Nicolas, que disseram ter recebido o bebê ainda no Aeroporto Castro Pinto, das mãos de uma advogada.
De acordo com os documentos de Nicolas, no entanto, ele teria sido abandonado na frente do Educandário Eunice Weaver, em Bayeux, na Grande João Pessoa. Apesar do nome, o Eunice Weaver era uma casa de acolhimento e orfanato, que foi fechado em 2010, a pedido do Ministério Público, por falta de condições de funcionamento. O prédio foi demolido e do local, sobrou apenas o piso.
Uma ex-diretora da unidade que não quis se identificar disse que vários arquivos foram perdidos entre o fechamento e a demolição porque houve saques no local. O que sobrou disso, ficou embaixo dos escombros.
A ideia da busca pelos pais biológicos do paraibano partiu da irmã de Nicolas, Sophie, que também foi adotada pelo casal francês. Ela aprendeu a falar português e criou uma página no Facebook chamada “Buscando minha mãe biológica”. Segundo o texto publicado na rede social, escrito por Nicolas e traduzido pela irmã, ele quer muito conhecer a família biológica. "Não importa as razões pelas quais eu fui abandonado", escreve.
Depois de várias trocas de informações, Sophie encontrou a mãe dela no Ceará. Outras três pessoas também já encontraram suas famílias brasileiras por meio da página. “Eu não vou deixar, eu não vou desistir. A gente vai encontrar a família dele”, disse a jovem.
Em um vídeo enviado à TV Cabo Branco, Fortin conta os motivos de porque quer encontrar a família biológica: “A família adotiva me deu tudo o que precisava. Sou grato. Quero encontrar meus pais biológicos não porque não recebi amor, mas porque quero dar um pouco de amor. Não tenho medo do que pode acontecer no futuro. Trabalho para poder ir pro Brasil e, quem sabe, ajudar crianças que passam pela mesma situação que passei”, completa o jovem.  g1.com

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